O que são e por que ocorrem os terremotos?

Os terremotos (na foto o tsunami no Japão, em 2011) podem ocorrer entre a superfície e profundidades de até 700 quilômetros, os mais raros.
Os terremotos também são conhecidos como sismos, abalo sísmico, tremor de terra e, em Portugal, por terramotos.
Resultam da liberação de energia na crosta da Terra e, de um modo geral, estão associados com movimentos das placas tectônicas ou por falhas entre dois blocos de rochas, que podem variar de centímetros a milhares de quilômetros, como ocorre com a Falha de Santo André (ou Falha de San Andreas), na Califórnia (Estados Unidos).
Além de causados nas fronteiras entre placas tectônicas ou em falhas entre dois blocos rochosos, os terremotos também podem resultar de atividades vulcânicas, deslizamentos de terra e mesmo de explosões de minas e testes nucleares.
Existem atualmente na Terra 52 placas tectônicas, das quais se considera 14 como sendo as principais.
Os terremotos relacionados com as placas tectônicas acontecem quando essas placas se afastam, colidem ou deslizam uma sobre a outra. Quando isso acontece, as rochas vão se alterando até atingir o que se chama seu ponto de elasticidade e, nesse momento, há a ruptura e a liberação de toda a energia acumulada no processo. A liberação dessa energia se dá através de ondas sísmicas, que se propagam pelo interior e superfície da Terra e, daí, advêm os terremotos.
Segundo estudos científicos, 85% dos terremotos ocorrem entre a superfície e 70 quilômetros de profundidade. Outros 12% acontecem entre os 70 e os 350 quilômetros de profundidade. Os mais profundos, cerca de 3% deles, se manifestam entre os 350 e 670 quilômetros. Terremotos a mais de 700 quilômetros de profundidade são muito raros.
Na parte continental do Globo, a maior parte dos terremotos acontece entre dois e vinte quilômetros.
Eles são medidos por sismógrafos e sua magnitude é classificada com base na Escala Richter, que é uma escala logarítmica que quantifica o nível de energia liberada por um terremoto. Abaixo da magnitude 3 os terremotos são quase imperceptíveis. E os mais numerosos estão abaixo da magnitude 5.
Acima da magnitude 7 os terremotos podem causar grandes danos, dependendo de sua profundidade. Os maiores já ocorridos na história têm magnitude superior a 9, como foi o caso do Tsunami de Tohoku, ocorrido em 2011 no Japão, tendo 13.333 mortes confirmadas e mais 16 mil pessoas desaparecidas. Suas ondas chegaram a 10 metros de altura e penetraram 10 quilômetros adentro, em terra.
A magnitude mais elevada de um terremoto atingiu 9,57 e aconteceu no Chile, em 1960, matando 5.700 pessoas e ferindo 2 milhões. O Terremoto de Valdívia, como ficou conhecido, também foi sentido em várias partes do mundo, causando tsunamis em lugares distantes como o Havaí e Japão.
Os terremotos causam um tsunami quando têm seu epicentro (onde está o centro do terremoto) no fundo do oceano. O deslocamento de água resulta no tsunami e em grandes tragédias como a verificada no Japão em 2011.
A intensidade de um terremoto pode ser de tal magnitude que é capaz de diminuir a rotação do planeta, como aconteceu com o terremoto de 27 de fevereiro de 2010 no Chile, que causou a morte de 795 pessoas e teria encurtado a duração do dia em 1,26 microssegundos, deslocando o eixo terrestre em 8 centímetros.