As mudanças das religiões ao longo dos séculos

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As religiões não são mais as mesmas. Mulher árabe já pôde andar descoberta, judeus tinham várias mulheres, padres eram casados e tinham amantes. E muito mais.

O ser humano parece gostar muito de religiões, desde os tempos mais antigos. Mas o que era permitido ou proibido no passado, agora é proibido ou permitido. Veja aqui alguns fatos interessantes sobre as mudanças ocorridas ao longo do tempo.

Ateísmo não era causa de sentença à morte no passado

Países como Irã, Sudão e Paquistão ainda têm leis que permitem executar pessoas que se declaram ateias. A Arábia Saudita considera que ateus são terroristas. Mas, nos primeiros momentos do Islã, isso não era crime. O pensador Abu Al-Ala'Al-Maarri chegou a promover uma campanha pró-ateísmo e, entre seus dizeres, estava um que atualmente não o deixaria vivo por muito tempo em um país muçulmano: dizia que era possível ter cérebro ou religião, mas nunca ambos. O ateísmo só passou a ser combatido em épocas recentes, na década de 1970.

Islã: o que antes podia, agora não pode mais

Enquanto atualmente caricaturas de Maomé já levaram até a atentados terroristas, no passado o islamismo entendia que imagens figurativas ajudavam na difusão da religião. No século XII, os artistas islâmicos contavam com um comércio muito desenvolvido de miniaturas de Maomé sobre cenas de sua vida. Mostrar Maomé só se tornou uma blasfêmia depois do século XV.

As mulheres do Islã eram respeitadas e não precisavam usar a burqa

Parece que o desrespeito dos muçulmanos por suas mulheres nem sempre foi uma regra. No início do islamismo as mulheres não eram obrigadas a se esconder atrás da burqa e o próprio Maomé confiava a elas segredos vitais de seu trabalho. Quando morreu o profeta, seus seguidores chegaram a consultar mulheres importantes da comunidade sobre quem deveria sucedê-lo. Só no final do século VII, quando os exércitos de Maomé entraram na Pérsia e descobriram uma comunidade de mulheres que usavam véus é que os novos califas decidiram adotar o hábito como uma das exigências do Islã. Quem te viu e quem não te vê...

O Buda de tantas estátuas, no passado não podia ser retratado

Enquanto atualmente dificilmente há uma loja de presentes que não tenha uma imagem de Buda e suas imagens estejam entre as maiores do mundo, no passado isso não poderia ocorrer. Antigamente, Siddhartha Gautama, o Buda, não podia ser mostrado. Suas imagens foram proibidas durante séculos.

Judeus podiam ter várias mulheres

No século XIV grupos judeus da Espanha podiam ter mais de uma esposa se pagassem uma taxa especial à coroa. Rabinos antigos recomendavam que um ano não tivesse mais do que quatro esposas e a lei judaica do passado permitia vários casamentos. O judaísmo se tornou uma religião oficialmente monogâmica apenas no século XI, mas levou algum tempo para que a prática fosse respeitada.

Ateísmo não era causa de sentença à morte no passado

Países como Irã, Sudão e Paquistão ainda têm leis que permitem executar pessoas que se declaram ateias. A Arábia Saudita considera que ateus são terroristas. Mas, nos primeiros momentos do Islã, isso não era crime. O pensador Abu Al-Ala'Al-Maarri chegou a promover uma campanha pró-ateísmo e, entre seus dizeres, estava um que atualmente não o deixaria vivo por muito tempo em um país muçulmano: dizia que era possível ter cérebro ou religião, mas nunca ambos. O ateísmo só passou a ser combatido em épocas recentes, na década de 1970.

Cristo já teve cabelo curto e sem barba

Cristo também teve visuais que mudaram ao longo dos séculos. Enquanto atualmente é um homem de cabelos compridos com barba, arqueólogos já desenterraram retratos do século IV gravados em uma placa de vidro, onde ele aparece de cabelos curtos e sem barba.

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